Ansiedade: Como identificar os sinais, prevenir e buscar apoio
- Joana Donati

- 5 de ago.
- 4 min de leitura

O que é ansiedade?
Ansiedade é uma emoção natural. Ela aparece, por exemplo, quando temos um prazo apertado, uma tarefa importante no trabalho, quando começamos algo novo ou passamos por uma mudança na rotina. Nessas situações, sentir-se ansioso faz parte do processo de adaptação.
Porém, quando a ansiedade é constante e começa a se transformar em preocupação intensa, pensamentos negativos e medo paralisante é preciso olhar para ela com mais cuidado. Nesses casos, a pessoa vive sob pressão, se cobra em excesso e tem dificuldade para relaxar, o que afeta seu bem-estar, seus relacionamentos e sua qualidade de vida.
A ansiedade, quando não tratada, pode afetar várias áreas da vida:
Reduz a produtividade e a concentração
Prejudica os relacionamentos
Compromete o autocuidado
Pode estar associada a outros problemas de saúde, como depressão, doenças cardiovasculares, hipertensão e diabetes. Ela sobrecarrega o corpo, aumentando processos inflamatórios e enfraquecendo o sistema imunológico.
Por isso é tão importante identificar e buscar o tratamento adequado.
Sintomas mais comuns:
Preocupação constante e sensação de que algo ruim está para acontecer
Medo excessivo de situações específicas, como falar em público
Pensamentos repetitivos e difíceis de controlar
Tensão muscular, dores no corpo, dor no peito ou dor de cabeça
Taquicardia, transpiração excessiva, tontura
Dificuldade para dormir e se desligar dos problemas
Sensação de “não estar presente” (desrealização) ou de “não ser mais quem era” (despersonalização)
Quais são os tipos de transtornos de ansiedade?
Os tipos mais comuns e suas características são:
Síndrome do pânico: crises intensas de medo e mal-estar generalizado
Fobia social (ou transtorno de ansiedade social): preocupação e medo com situações sociais comuns;
Transtorno de ansiedade generalizada: preocupação excessiva e análise minuciosa de cada ponto ou situação;
Agorafobia: medo de situações e lugares que possam causar impotência, constrangimento ou aprisionamento.
Como tratar a ansiedade?
Na maioria das vezes, os transtornos de ansiedade têm um curso crônico, ou seja, os sintomas podem voltar em momentos de maior estresse. Por isso, o cuidado precisa ser contínuo.
Cuidar da saúde mental começa com o básico:
Alimentação equilibrada
Prática de atividades físicas
Sono de qualidade
Tempo para descanso e lazer
Convivência social
Atos de autocuidado e autoconhecimento
Além disso, a psicoterapia é um recurso essencial. Através dela, é possível identificar gatilhos, compreender padrões de pensamento e desenvolver estratégias para lidar com o estresse e com as emoções.
Em casos moderados a graves, o tratamento pode incluir o uso de medicamentos (como ansiolíticos ou antidepressivos), sempre com prescrição e acompanhamento de um psiquiatra. Os medicamentos ajudam a aliviar os sintomas mais rapidamente, o que facilita o envolvimento com a terapia. Enquanto a psicoterapia oferece ferramentas duradouras para lidar com a ansiedade no dia a dia.
É importante lembrar que a combinação de tratamentos oferece os melhores resultados. A maioria das pessoas começa a se sentir melhor e retoma suas atividades após algumas semanas de tratamento.
Como prevenir a ansiedade?
A prevenção passa por uma vida com mais equilíbrio físico, emocional e social. Isso significa não sobrecarregar apenas uma área da vida (como o trabalho) e negligenciar outras (como os vínculos afetivos e o lazer).
Algumas práticas que ajudam:
Organizar a rotina e priorizar o autocuidado
Atividade física regular, escolhendo algo que te dê prazer
Sono de qualidade, com horários regulares e higiene do sono
Alimentação saudável, rica em nutrientes
Momentos de lazer e descontração
Técnicas de relaxamento, como a meditação
Contato com a natureza e com animais
Hobbies e práticas criativas, como leitura, escrita, arte
Cultivar conexões sociais, preferencialmente com encontros presenciais
O que fazer durante uma crise de ansiedade?
Regule a respiração: A crise de ansiedade coloca o corpo em “modo de alerta”, acelerando batimentos e respiração. Isso dificulta a oxigenação e o raciocínio. Inspire devagar pelo nariz, segure o ar nos pulmões por alguns segundos e expire pela boca. Repita até o seu coração acalmar e o corpo relaxar.
Redirecione o pensamento: Olhe ao redor e foque em algo concreto. Nomeie quatro objetos que vê. Esse exercício ajuda a tirar o foco da mente ansiosa e traz a atenção para o presente.
Nomeie o que está sentindo: Dê nome à emoção: medo, frustração, insegurança, raiva. Isso facilita o processo de regulação emocional e reforça que o que está sentindo é humano e passageiro.
Busque ajuda profissional: Mesmo com técnicas e dicas, se a ansiedade está frequente ou muito intensa, o melhor caminho é procurar um profissional da saúde mental.
Vamos conversar?
A ansiedade faz parte da vida, mas ela não precisa controlar a forma como você vive. Reconhecer que algo não vai bem já é um passo importante. O próximo pode ser buscar apoio.
Na psicoterapia, você encontra um espaço seguro para falar sobre o que sente, entender o que está por trás da ansiedade e desenvolver recursos para lidar com ela de forma mais leve e consciente.
Se você sente que a ansiedade tem afetado sua vida e gostaria de cuidar de si com mais profundidade, será um prazer te acompanhar nesse caminho.
Agende uma consulta comigo e vamos juntos construir um jeito mais saudável de estar no mundo com mais clareza, presença e tranquilidade.



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